Ao
analisarmos as Escrituras Hebraicas (Antigo Testamento), observamos que com o
estabelecimento da monarquia de Israel, a adoração e o serviço a Deus ficaram
orientados em torno de Jerusalém. As nações foram convidadas a reconhecer
Israel como o mediador de Deus na Terra.
Para
cultuar o verdadeiro Deus, os gentios deviam chegar a Israel – e não apenas a
Israel, mas a Jerusalém (I Crônicas 16.23-29, Salmos 96). De maneira semelhante
para o próprio judeu, o culto foi orientado à cidade de Sião, ao templo e ao
Santo dos Santos.
Havia
uma hierarquia de levitas, sacerdote e sumo-sacerdotes que se tornaram os
mediadores entre Deus e o homem. Eles eram especialistas e profissionais na lei
Mosaica acerca das cerimonias e dos sacrifícios.
Havia
dias especiais, festas religiosas e o sábado, que marcavam, diante das nações,
a aliança entre Israel e Deus (Êxodo 31.13-17).
Essa
maneira de cultuar e servir a Deus era CENTRALIZADORA:
a)
Centralizava-se racialmente nos judeus;
b)
Centralizava-se geograficamente em Israel, Jerusalém, o Templo e o Santo dos
Santos;
c)
Centralizava-se temporalmente no sábado e em certas festas religiosas;
d) E
centralizava-se na hierarquia religiosa mediadora, pois sem os sacerdotes era
ilícito oferecer sacrifícios.
Vejam
agora, a EKKLESIA (IGREJA) do Novo Testamento meus irmãos!
Descobrimos
a extraordinária inversão da forma antiga de cultuar a Deus:
a)
Em vez de centralizar-se nos judeus, a Igreja se tornou UNIVERSAL para todos os
povos, sem discriminação ou favoritismo;
b)
Em vez de centralizar-se geograficamente em Israel, Jerusalém e o Templo, os
cristãos foram mandados de Jerusalém para Judá e Samaria, até os confins da
terra. No corpo de Cristo, a geografia já não é importante. Onde está um
cristão, ou onde dois ou três deles se encontram, ali há o templo de Deus;
c)
Em vez de centralizar-se temporalmente no sábado e nas festas judaicas, a fé
cristã se tornou algo a ser praticado no dia-a-dia, liberando o cristão para
escolher quando adorar (Romanos 14.5-6);
d)
Finalmente, em vez de centralizar-se numa hierarquia sacerdotal, cada cristão é
declarado sacerdote, com acesso direto ao Deus Pai através de Jesus Cristo (I
Pedro 2.5). O Novo Testamento destaca a necessidade de liderança exercida por
bispos, presbíteros, pastores e anciãos – considero todos essencialmente
sinônimos (Atos 20.17-28; I Pedro 5.1-4) – e também de diáconos (I Timóteo
3.8-11). Mas a liderança não é sacerdotal como no Antigo Testamento. Ele não
assume uma posição de rei ou sacerdote, nem executivo ou chefão – apesar de
muitos ministros, equivocadamente, agirem assim. Ao contrário, a liderança foi
concedida ao corpo de Cristo para aperfeiçoar cada membro da IGREJA como
sacerdote neste mundo (Efésios 4.11-16).
Portanto meus irmãos, ao
contrário do Antigo Testamento, a Igreja cristã é um organismo centralizado
somente em Jesus Cristo e caracterizado cada vez mais no Novo Testamento por
sua DESCENTRALIZAÇÃO terrestre!
BIBLIOGRAFIA
OIKOS, Instituto. Eclesiologia - Repensando a Igreja à luz do Novo Testamento. São Paulo: Editora Oikos, 2013
Ô, meu rei, adivinha quem está comentando isso? rsrs, sou eu. Ótimo texto, principalmente a forma como explicou a diferença entre Israel terrestre e a Igreja. Seu blog só tem a crescer, meu mano. Paz de Deus
ResponderExcluirFala meu mano Mateus [rsrsrsrs]
ExcluirQue alegria sinto em receber sua ilustríssima visita neste humilde espaço!
Obrigado pela incentivo e desde já, rogo orações
Um grande abraço, na paz de Deus!