quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

A blasfêmia contra o Espirito Santo


Por Douglas Pereira da Silva

Muitos cristãos sinceros, em dado momento de suas vidas, temeu ter cometido o pecado imperdoável contra o Espirito Santo, levando-o a desesperança de salvação, desenvolvendo em suas vidas um tormento psicológico sem fim - assim como aconteceu a este blogueiro quando tinha a idade de 12 anos.

Quantos cristãos pelo mundo, estão presos a este pensamento, pois satanás conseguiu incutir em suas mentes, convencendo-as que não há mais perdão por haverem cometido o pecado imperdoável? Quem sabe você, caro leitor, esteja vivendo agora numa cela fria desta triste masmorra psicológica, acreditando que Deus nunca mais perdoara seus pecados?

Algumas denominações cristãs ensinam, equivocadamente, que este pecado consiste em questionar sob a ótica de um senso critico, suas práticas, doutrinas e pregações. Outras, entendem que é criticar racionalmente aquele irmão que falava pelo Espirito Santo durante o culto, com linguagens e "profecias", colocando em xeque suas revelações e línguas estranhas - que são estranhas mesmo, no verdadeiro sentido da palavra [risos].
Outras por sua vez, ensinam a terrível heresia que o adultério e a fornicação, são os pecados imperdoáveis.

Mas a Bíblia Sagrada, que é nossa regra de fé e prática, e infalível palavra de Deus nos esclarece em que consiste este pecado imperdoável. Este tipo de blasfêmia esta mencionada nos evangelhos de Mateus 12.22-32, Marcos 3.20-30 e Lucas 11.14-23.

Pelos contextos destas passagens, logo concluímos que a advertência foi dirigida aos impios fariseus que testemunharam as obras de Cristo e, no entanto, atribuíram os milagres pela operação de belzebu, quando na verdade o Mestre operou pelo poder do Espírito Santo. 
Os milagres de Jesus, eram na verdade, provas irrefutáveis de sua messianidade, assim sendo, os escribas e doutores da lei – que eram os teólogos daquela época – jamais deveriam ter dúvidas quanto aos milagres. Embora a questão aqui, não era de dúvida, mas sim de rebeldia, desafio irreverente, dureza de coração e falta de temor!

Outra questão de extrema relevância nestas passagens, é a definição pela semântica da palavra BLASFÊMIA, pois se consultarmos o dicionário Aurélio, o significado será “falar mal” ou “falar contra”. Todavia, o Novo Testamento não foi escrito em língua portuguesa, foi escrito no idioma grego koine! Observe no contexto, que os escribas e fariseus não xingaram o Espírito Santo e, sequer, falaram mal, pois é crime gravíssimo de acordo com a Torah (Levíticos 24.16), e eles jamais fariam isso, pois eram os doutores da lei.

Por exemplo, de acordo com a Torah, Jesus deveria ser condenado à morte pela “blasfêmia” – que nem blasfêmia era, pois o Senhor Jesus nunca blasfemou -, simplesmente porque declarou ser o Filho de Deus! (João 10.31-33), isto é, fazer-se igual a Deus também era uma blasfêmia! (João 10.33).

A grande diferença, porém, encontra-se no evangelho de Marcos 3.28-30; é neste livro, que Jesus nos esclarece especificamente em que consiste cometer este pecado imperdoável:

28 Em verdade vos digo que tudo será perdoado aos filhos dos homens: os pecados e as blasfêmias que proferirem. 29 Mas aquele que blasfemar contra o Espirito Santo não tem perdão para sempre, visto que é réu de pecado eterno. 30 Isto, porque diziam: Está possesso de um espírito imundo.

Portanto, à luz do que foi dito acima no versículo 30, o pecado imperdoável não pode ser cometido hoje, em pleno século XXI  porque Jesus não está andando por aqui, com Seu corpo terreno, fazendo milagres.

Para cometer esse pecado, o Senhor Jesus deveria estar aqui na Terra – em carne e osso literalmente – realizando algum milagre na presença do blasfemador, para então, o individuo que esta testemunhando este momento dizer com todas as letras: “Ele fez isso porque está possesso; fez pelo poder do espírito de belzebu”.

Caro leitor, se você esta passando por dias tenebrosos com o temor e crença de ter cometido este pecado, saiba, satanás estava lhe enganando este tempo todo, para afasta-lo da presença de Deus, fazendo-o acreditar nesta mentira, mantendo-o nesta prisão espiritual.

O simples fato de você ter a preocupação no coração quanto a isso, é sinal claro e evidente que você nunca pecou contra o Espirito Santo, e nem jamais pecara, pois Cristo não está entre nós; Ele subiu aos céus e está assentado à destra de Deus (Marcos 16.19).

Você blasfemara sim, contra as forças do mal e hoste da maldade!

Viva o amor de Deus. Jesus nunca desistiu de você; Ele te ama e tem visto e ouvido suas orações, o seu clamor

Alegre o teu coração!

14 comentários:

  1. Amado mano Douglas,

    Tenho uma questão para você.

    Exemplo. Se eu sei que você está pregando a verdade do Evangelho. Tenho consciência plena disto, mas movido de inveja (Deus me guarde disto, é apenas um exemplo), eu venha a dizer que o que você está dizendo é mentira, como algo vindo do diabo.

    Não seria isto blasfêmia também? Uma vez que se você está pregando a respeito da Graça, na Verdade, creio piamente que você está sendo usado pelo Espírito Santo para tal. Se eu disser que não, além de mentir, estarei blasfemando, não?

    Deus te abençoe, meu querido!

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    1. Questão muito interessante HP,

      Acredito piamente, que este tipo de situação ocorre no corpo ministerial das igrejas de um modo geral!

      Sinceramente meu mano, considerando esta hipótese, não creio que isto seja a blasfêmia imperdoável contra o Espirito Santo!

      Hermeneuticamente falando, à luz de Marcos 3.30, a blasfêmia imperdoável é falar que Jesus está possesso de um espirito imundo, o que não é mais possível hoje, pois Jesus não está entre nós, fisicamente! A blasfêmia dos fariseus, objetivava, nada mais e nada menos, do que combater, insultar e injuriar o próprio Deus; eles se posicionavam, enfática e constantemente, contra a mensagem e propagação do Evangelho (João 11.47-48). Lembra-se da loucura que eles tramaram? Pois planejaram a morte de Lázaro depois de ter sido ressuscitado por Jesus, mesmo testemunhando o fato! (João 12.9-11).

      Entendo este tipo de pecado que você menciona, como resistir ao Espirito Santo, tal como pregou Estevão (Atos 7.51).

      Outra característica relevante, é que o individuo em questão fez isso motivado pela inveja em seu coração, e não na intenção de lutar e desafiar o próprio Deus, tal como os fariseus faziam constantemente com o Senhor!

      Entendo também, que a pessoa agindo desta forma, demonstra que ela não é filho de Deus, nunca foi crente, e nunca nasceu de novo, não pertence ao rebanho do Senhor Jesus (João 10.25-26); pois as ovelhas que são do Senhor Jesus ouvem a Sua linda voz, Ele as conhece, e elas por sua vez, o seguem (João 10.26).

      Pelo exposto, se for possível cometer o pecado imperdoável nos dias de hoje - particularmente, acredito que não - pelo contexto bíblico é um tipo de pecado que o crente, isto é, aquele que de fato nasceu de novo, não pode comete-lo, pois o tal é morada do Espirito Santo (I Coríntios 6.19). Jesus nos garante que é impossível um reino se dividir contra si mesmo neste sentido (Marcos 3.24-25), porque não há como subsistir!

      Será que fui claro e, assim, tenha conseguido pela misericórdia de Deus sanar a sua dúvida?

      De qualquer forma, sinta-se à vontade para refutar meu mano do coração, pois desejo aprender muito com você, e sei que tenho muitas coisas para aprender ainda!

      Um grande abraço,
      no amor de Deus

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  2. Mano Douglas,

    Deus te abençoe pela resposta.

    Eu confesso que sempre achei a Blasfêmia contra o Espírito Santo como algo muito distante na prática. Tipo, para um conhecedor do Evangelho, seria o "ato final" da apostasia. Um "fechar o caixão" espiritual.

    Não seria fácil como pecados cotidianos, como mentira, ira, ódio, egoísmo.

    Porém teu comentário me fez refletir. Ainda preciso de uma "digestão" do mesmo, que nada mais é do que refletir mais a respeito.

    Sobre "Apostasia" eu confesso que nunca conheci uma pessoa que eu pudesse dizer: "é apostata".
    Conheci pessoas frustradas com as denominações e até de certa forma revoltadas contra Deus, porém no fundo as vejo confusas e não apostatas.

    Por este motivo mesmo eu sempre coloquei o pecado da Blasfêmia contra o ES como algo teórico, mas muito raro na prática.

    Te agradeço pela atenção e carinho e peço que não se entristeça com a minha "digestão". É algo normal na minha caminhada cristã. Talvez algo mais rudimentar, mas no estilo dos irmãos de Bereia.

    Grande abraço,
    Com carinho em Cristo.
    HP

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    1. Amém mano HP,

      Entendo perfeitamente o seu ponto de vista. Biblicamente falando, o melhor exemplo de apostasia que temos, é o personagem Judas Iscariotes, que era um dos doze que andava com Cristo.

      Porém, acredito - particularmente - que um apostata não é crente de verdade.O apostata é alguém que nunca pertenceu a família de Deus (I João 2.19), tal como Judas que nunca foi convertido de verdade, e se desviou voltando "PARA O SEU PRÓPRIO LUGAR" (Atos 1.25).

      Acredito piamente na segurança eterna! Creio que as ovelhas do Senhor Jesus jamais perecerão em sua caminhada cristã, pois estamos nas mãos do Pai, e ninguém pode nos arrebatar de suas mãos (João 10.28-29).

      O crente pode cair em apostasia, tal como a nação de Israel caiu por diversas vezes, mas nunca de forma definitiva.

      Isso nos remete à parábola do filho pródigo (Lucas 15.11-32); na explicação dada por Cristo, observo que aquele filho se apostatou do Pai, todavia, o mesmo nunca perdeu o status de Filho e, em dado momento de sua vida, ele caiu em si e voltou aos braços do Pai. Assim é na vida daquele que é ovelha do Senhor Jesus, se o mesmo estiver longe da presença do Pai, creio que em dado momento de sua vida, cairá em si por causa da ação do Espirito Santo!

      É assim que creio mano amado!

      Sinta-se à vontade para expressar sua opinião, é um grande prazer trocar comentários contigo!

      Um grande abraço,
      no amor de Deus

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  3. Na sua primeira argumentação vi que afirma que o pecado imperdoável é acusar Cristo de Blasfêmia, pessoalmente. Mas em primeira análise não posso deixar de notar que o texto citado em Marcos 3.28-30, especificamente no trecho grifado:" 30 Isto, porque diziam: Está possesso de um espírito imundo." não fala de Cristo mas do espirito. A blasfemia aqui, ao meu ver consiste em atribuir a obra do Espirito Santo de Deus (que é quem realmente habitava Cristo) a obra demoniaca. Ou seja, adulterar a natureza da obra do Espirito. O que me faz ver que a blasfemia indicada neste texto não fala de agredir a natureza de Cristo, mas a natureza do Espirito, é o texto de Mateus 12.31-32, onde ele deixa muito claro que pecados contra Cristo e sua pessoa serõ perdoados, mas contra a obra do Espirito não podem ser perdoados.

    "Portanto, eu vos digo: Todo o pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens.
    E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro." Mateus 12:31-32

    Cristo está ciente da blasfemia que cometeriam contra Ele e sua missão, e aceitava este perdão, personificado em Paulo por exemplo. Mas contra a ação do Espirito Santo, sua Pessoa e sua Santidade, estas não seriam perdoadas. Paulo por exemplo blasfema contra a natureza divina de Cristo, mas não contra suas obras. Como outros fariseus que admitem que ele é profeta, que ele opera realmente milagres, mas que não é O Filho de Deus. Estes não blasfemam contra o espirito.

    Sendo assim, acredito que sim, pode-se continuar a cometer o pecado imperdoável, ou seja, a blasfêmia contra o Espirito Santo de Deus, pois este, nunca deixou de estar em nosso meio,desde pentecostes, diferente de Cristo.

    Ademais, o texto de Mateus 12 encerra afirmando que não é um pecado perdoavel neste seculo, ou seja, no tempo contemporaneo ao evangelho, ou no seculo futuro, no tempo posterior ao evangelho.

    Vou inclusive procurar um material de nossa materia Pneumatologia para compartilhar com voces, que fala a respeito da blasfemia contra o Espirito Santo.

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    1. Rafa,

      que alegria meu mano, receber a sua nobre visita neste humilde espaço, muito obrigado pelo comentário!

      Estou até agora mastigando aquele nosso diálogo do intervalo das aulas sobre este assunto, pois nunca consegui interpretar esta passagem de Marcos 3.30 desta maneiro que você explanou tão bem!

      Fique à vontade para refutar minha interpretação, e peço por favor, assim que encontrar o material de Pneumatologia, compartilhe conosco, ainda não tive esta matéria!

      Ah... Precisamos marcar um dia - fora do horário de aula - para tomarmos um cafezinho, eu, você e o Marcão - apesar dele defender as heresias de Armínio [kkkkkkkk] - a fim de trocarmos mais ideias sobre a palavra de Deus!

      Um grande abraço querido, com a paz de Deus!

      PS.: Mano Marcão, estou de zoeira com você, sei que você está nos lendo [risos]

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    2. Rafa,

      Acho que agora a minha ficha está começando a cair! [risos]

      Estamos divergindo na exegese do texto, pois minha argumentação, consiste em aplicar apenas o contexto imediato - tal como no caso da feiticeira de Endor (I Samuel 28.7-25) que estávamos discutindo hoje. E você defende sua argumentação aplicando o contexto remoto, que no caso é Mateus 12.31-32? Estou certo?

      Estou fazendo o papel de exegeta e você de biblista? É isso? [rsrsrsrsrs]

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    3. Rafa,

      Outra questão, o qual gostaria muito que você comentasse!

      Considerando a hipótese do nosso mano amado, HP, existe a possibilidade do cristão - do verdadeiro, que nasceu de novo obviamente - cometer o pecado de blasfêmia contra o Espirito Santo?

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    4. Então,

      Minha linha de raciocínio é a mesma do Rafael, porém ele colocou de forma clara e sucinta o que eu queria dizer e não disse. rsrsrs

      .
      Eu penso que, na TEORIA, a blasfêmia seria um "Ato final" na apostasia.

      Porém na PRÁTICA, eu confesso que nunca conheci um apóstata.
      Eu conheci irmãos confusos, balançando na fé, e também pessoas que nunca compreenderam o que é o Evangelho.

      Agora uma pessoa que GENUINAMENTE conheceu o Evangelho e depois passou a lutar contra (blasfêmia e consequente apostasia), confesso que nunca tive a tristeza de conhecer.

      Da mesma forma os ateus.
      Para mim uma pessoa que é atéia deveria realmente ter conhecido Deus, Sua misericórdia, bondade, amor para então decidir em não crer.
      Acho humanamente impossível (para não dizer biblicamente), Deus se revelar a uma pessoa e a mesma não crer.

      O que vejo são pessoas que se definem como atéias, porque não creem na religião e no "deus" pregado pelas religiões.

      --
      Enfim, não sei se estou conseguindo me expressar. Vejo estas questões como perfeitamente funcionais na TEORIA, porém extremamente raro (ou até impossível no caso dos ateus) na PRÁTICA.

      Deus abençoe a todos.
      Um abraço.

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  4. Apenas um exemplo:

    Pegamos uma pessoa que muitos consideram "Herege" como o Edir Macedo.

    Eu não o considero "Herege", mas sim como uma pessoa que nunca conheceu o Evangelho... Foi apresentado apenas à religião e vive nela até hoje, de maneira consciente ou mentirosa.

    Porém Evangelho eu não creio que ele tenha conhecido.

    Espero ter esclarecido meu raciocínio por este exemplo.

    Desculpe a divagação tão extensa. rsrsrsrs

    abs!!

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  5. Assunto complicado, mas vamos as minhas considerações.

    1 – Quanto a exegese do texto:

    Acredito que podemos chegar a algum lugar próximo, se não ao lugar exato da interpretação que propus, usando só Marcos 3. Veja.

    Na verdade vos digo que todos os pecados serão perdoados aos filhos dos homens, e toda a sorte de blasfêmias, com que blasfemarem; Qualquer, porém, que blasfemar contra o Espírito Santo, nunca obterá perdão, mas será réu do eterno juízo (Porque diziam: Tem espírito imundo). Marcos 3:28-30

    Qualquer um que blasfemar contra o Espirito Santo não será perdoado,. O texto no parágrafo fala claramente sobre o Espírito Santo. O texto entre parênteses fala (porque diziam : Tem espírito imundo.) De que este parágrafo fala? Explica o que é a blasfêmia, dizer que ele tem ESPIRITO IMUNDO. Ou seja, dizer que O Espirito Santo é Imundo. O texto não fala de Jesus, mas do Espirito que o habita.

    Claro que a análise sistemática do texto, e nesse caso podemos fazer uma analise muito mais rica, que é a analise de harmonização do texto com os outros evangelhos, pode nos dar uma visão muito mais completa do assunto. Como Marcos3 e Mateus 12 são contemporâneos, são harmoniosos (falam da mesma passagem) podemos usar Mateus 12 para entender marcos 3 sem problemas. Ai então Mateus deixa claro que o pecado contra o espírito é imperdoável, enquanto contra Cristo é.

    Enfim, acho que tanto exegeticamente, como sistematicamente, podemos chegar a mesma conclusão.

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  6. 2 – Quanto a natureza do pecado contra o Espirito;

    Acredito que o pecado imperdoável contra o Espírito sejam na verdade um conjunto.

    1 –Mc3.28-30. Adulteração da natureza do espírito. Atribuir obras malignas ao Espirito Santo ou Dizer que as obras Santas do Espírito na verdade são obras demoiniacas. Isso pode ser interpretado em amplo aspecto. Mas de maneira mais abrangente, o não reconhecimento do Espirito Santo é um pecado.

    2 –Jo1.11 – Não recebe-lo. No caso o texto fala de Jesus, mas após sua partida o meio de recebe-lo é através do Espirito, porque somos aqueles que não vimos e cremos(Jo20.29), só podemos fazer isso pelo Espirito.

    3 – 2Tm3 – Resistir a obra do espírito. O Texto de Timóteo fala sobre homens que convivem no meio da igreja mas que são ruins. Paulo exorta Timóteo a permanecer na doutrina da escritura porque esta é inspirada. Ou seja, o Espirito Santo age na escritura e a escritura leva o homem a mudança. Resistir, negar ou não agir conforme a escritura é uma maneira de negar a ação regeneradora do espírito (isso sem falar nos demais textos que falam da obra regeneradora e na ação do espírito na regeneração dos homens, o texto é muito mais para ilustrar do que qualquer coisa.)

    Mas no fim das contas, parece que o pecado contra o espírito é sistemático, ou seja acontece uma série de pecados.

    Quem nega a existência ou a natureza Santa do Espírito, não pode recebe-lo. Quem não o recebe, não pode ser convencido do pecado, alvo, regenerado e tornar-se uma nova criatura, nascida da água e do espírito e portanto, não pode ser chamado filho adotivo de Deus, nem co-herdeiro. Não pode ser encontrado salvo no juízo, portanto, não pode ser perdoado.

    Esta é a analise do perdão que devemos observar. Que por não termos o espírito não podemos ser Cristãos, não podemos ser salvos ponto final.

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  7. 3 – Quanto ao cristão pecar contra o espírito;

    O texto de Mateus 12 fala que todo pecado contra o espírito será perdoado, mas não este. A tradução JFA é literal, mas não relacional ao resto do texto, é quase que linear, palavra por palavra. A tradução King James (eu li em inglês, portanto vou reproduzir traduzido) diz que “Toda forma de pecado contra o espírito” seria perdoada, mas não esta. Ou seja, nós, Cristãos pecamos contra o Espirito Santo de Deus, mas de formas perdoáveis, mediante a Sua própria ação, ouseja, o Espirito nos mostra que pecamos contra Ele mesmo. Nos convence do pecado e nos leva ao arrependimento. É obra inteiramente dele . Mas o pecado imperdoável contra o espírito é impossível ao Cristão porque este tem o Espirito, ele opera sobre sua vida e não existe resistência do cristão, sendo assim não há o pecado imperdoável sobre sua vida. Sobre ele opera a Graça Divina.

    4 – Quanto a visão do irmão sobre o exemplo do Edir Macedo. Para mim ele Também não é Cristão, é um religioso, porém, isso não faz dele menos blasfemo, herege ou condenado. Romanos 1.20-21 é claro “ Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis; porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e os seus corações insensatos se obscureceram.”

    Não só é indesculpável por que tudo revela a Deus e eles não o enxergam, mas também por que Conheceram a Deus e não o glorificaram. No caso de “Cristãos” não convertidos, eles são a maior aplicação deste texto porque conheceram a Deus sim, ouviram pastores, ouviram testemunhos, leram as escrituras, tiveram acesso a elas, tiveram livros, enfim, tudo a disposição para que entendessem que existe Um Deus, que este é Senhor, que existe um plano de Redenção para os homens que são pecadores este caminho para a Salvação é Cristo e ainda assim, não o aceitam no fundo do seu coração.

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    1. Rafa,

      Muito obrigado pelas suas considerações. Confesso que estou aos poucos, degustando desta interpretação tão bem fundamentada nas Escrituras!

      Contribuiu em muito, para enriquecer o assunto, e esclarecer a dúvida de nossos leitores! Estou estudando mais sobre o assunto, e descobri que Louis Berkhof (1873 - 1957) compartilhava desta mesma interpretação!

      Minha interpretação está baseada nos estudos do dr. Jonh F. Walvoord (1910 - 2002) - teólogo dispensacionalista do século XX.

      Encontrei um artigo muito bom sobre o assunto, de Edward T. Welch - professor de Teologia Prática no Westminster Theological Seminary - vou postar aqui no blog, para complementar e enriquecer nosso entendimento sobre o assunto meu mano! Creio que você e o HP irão apreciar!

      Um grande abraço,
      no amor de Deus

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