Por Douglas Pereira da Silva
Introdução
Vivemos um
cristianismo cada vez mais deficiente e obscuro em nossas igrejas, pois muitas
heresias – principalmente o humanismo - passaram a fazer parte majoritariamente
das mensagens e pregações, e também, em muitos dos ditos “louvores” do estilo
gospel, em detrimento a pregação cristocêntrica e biblicocêntrica. Prega-se
mais o bem estar e satisfação pessoal, e menos ainda o arrependimento, a
conversão e a santificação; sem a qual ninguém vera a Deus (Hb 12.14).
Tal discrepância e negligência são apontadas –
principalmente - pela falta de preparo e qualificação dos ministros desta
geração, na formação bíblica teológica, o qual deve ser um dos pré-requisitos –
além de uma vida de comunhão e santificação - na vida do obreiro de Cristo,
afim de que se tenha uma igreja preparada para cumprir o seu propósito e também
haja um espaço de saúde.
Todavia, reconhecemos que parte deste fenômeno, faz parte
também, do cumprimento das profecias bíblicas no que diz respeito à apostasia
dos últimos dias (I Tm 4), e no surgimento dos falsos mestres que pregam
heresias destruidoras, (II Pe 2).
Contudo, nosso objetivo aqui não é de aprofundarmos
nestas questões importantes, apresentadas acima. Se desejar aprofundar-se,
poderá obter maiores informações e estudar minuciosamente sobre o assunto, com
auxilio das obras do pr. Ciro Sanches Zibordi, especificamente, nos livros “Erros que os pregadores devem evitar”, “Evangelhos que Paulo jamais pregaria” e
“Erros escatológicos que os pregadores
devem evitar”, bem como obter dicas de um crescimento saudável no corpo de
Cristo, no excelente trabalho do professor Jairo Cavalcanti Ávila, “Igreja, Espaço de Saúde”. Há também,
excelentes artigos nos blogs dos irmãos HP e Carlos Trapp, tratando
destes assuntos e muitos outros.
Portanto, a entrevista concedida pelos diletos ministros
da palavra de Deus para confecção deste trabalho, procura – não de forma
absoluta e exaustiva, obviamente – mostrar de forma sucinta, e positiva, as histórias
das experiências ministeriais vividas por estes valorosos soldados de Cristo,
que priorizam o evangelho genuíno, batalhando pela fé que uma vez foi dada aos
santos. Certamente, temos muito que aprender com os servos do Senhor, pelo compromisso
que eles têm com o reino de Deus e, seus testemunhos de vida, que são dignos de
exemplo para nós, e sinônimo, de temor e adoração ao Eterno Deus.
O objetivo desejado, é que este trabalho e os depoimentos
nele constantes, edifiquem a fé e a vida espiritual dos queridos irmãos, que,
de alguma forma, terão acesso a este manuscrito.
A entrevista
A entrevista foi
composta por 10 perguntas elaboradas por mim, e foram baseadas nos assuntos
abordados, e, ensinados pelo professor Jairo Cavalcante Ávila, durante o 2°
semestre do ano de 2013, no 1° semestre da disciplina de Pastoralia do curso de
Bacharelado em Teologia.
O critério adotado para organização das respostas, quanto
sua classificação posicional neste trabalho, foi justamente a ordem de chegada
da pesquisa que foi enviada para cada um destes servos de Deus, que pronta e
gentilmente, responderam-me afetuosamente, com muita presteza e cordial
consideração.
Os
entrevistados
Os servos de Deus,
quais tive a oportunidade e privilégio de entrevistar, foram escolhidos em
razão de serem grande influência e exemplo para a minha formação acadêmica, e
também ministerial; por suas virtudes e o serviço que empregam no reino de Deus.
Irmão HP, é ministro bivocacionado do evangelho, e exerce o cargo
de cooperador da Congregação Cristã no Brasil – a mesma denominação que frequento. Conselheiro
e dedicado na oração, mantém na internet um blog pessoal para compartilhar suas
experiências e divulgar as riquezas do evangelho da graça, além de ser autor de
muitos artigos cristãos. Atualmente está fazendo residência em (XXXXX), juntamente com sua família. Esta atendendo diligentemente a obra de Deus neste
país.
Irmão Adiel Souza
Tolentino, é pastor batista, professor, teólogo, conferencista, mestre em
filosofia, missionário, discipulador e dedicado pregador do evangelho. Tem
sólida experiência no campo evangelístico e viaja anualmente em missão na obra
de Deus, para a região norte do Brasil; pregando o evangelho em comunidades
carentes, e, povoados indígenas, faz o trabalho de distribuição gratuita dos exemplares
da Bíblia Sagrada e implanta novas igrejas. Ministra cursos e palestras para a
qualificação de futuros pastores e obreiros. É o autor do famoso estudo “Uma autoridade absoluta e infalível”. Atualmente
é professor titular da FATBOA – Faculdade Teológica Batista de Osasco e
Adjacências – lecionando as disciplinas de “Teologia
Sistemática” e “Religiões e Seitas”
nesta instituição.
Irmão Carlos Osmar
Trapp, é pastor batista bivocacionado, teólogo, ministro do evangelho,
conselheiro, escritor e jornalista de muito prestigio no meio cristão, e também
secular. Editor responsável pelo Jornal: “O
Cidadão Evangélico”. Autor de dois livros consagrados, mantém na internet
um blog para divulgação do evangelho, aconselhamentos, conscientização politica
e cidadania. É um servo de Deus de muita influencia no meio político, que luta pela
defesa da família tradicional nos moldes bíblicos e apoio as causas sociais. Serve
a Deus diligentemente no estado de Mato Grosso do Sul, juntamente com sua esposa.
Perguntas
Há
quanto tempo você serve a Deus? Como ocorreu a sua conversão ao evangelho?
HP: Quando nasci, meus pais já eram evangélicos,
pertencentes à mesma denominação que frequento até hoje. Fui batizado há 19
anos, mas a real conversão ao Evangelho se deu com o passar do tempo. Digo que
de 13 anos para cá, o Evangelho foi se solidificando dentro de mim, e creio que
ainda há muito a ser feito pelo Espírito Santo em mim, pois me considero muito
pecador ainda.
Adiel: Sirvo ao Senhor há 41 anos. Nasci num lar evangélico. Meus pais eram
missionários. Aos 12 anos de idade entendi que estava perdido, sem Cristo e sem
paz. Ouvi meus pais orarem por mim certa madrugada, pedindo a Deus que movesse
meu coração e iluminasse meu entendimento para que eu recebesse a Cristo, e,
percebendo a seriedade e urgência dessa decisão, convidei a Jesus Cristo para
ser o meu Salvador e Senhor pessoal. Isto aconteceu no dia 12 de setembro de
1972.
Carlos: Fui
educado num lar evangélico, mas minha conversão se deu por volta dos 16 anos
(talvez em 1975), ao ler um livro do missionário alemão, Werner Heukelbach,
chamado Glücklich wehr Vergebung Fand, ou seja, Feliz aquele que achou perdão.
Isso aconteceu sozinho na casa dos meus pais, no interior do Paraná, no município
de Santa Helena.
Como
ocorreu o seu chamado para o ministério? Você vivenciou alguma experiência, ou
teve algum tipo de sinal divino que confirmasse o seu chamado?
HP: Desde criança me chamava à atenção a posição
ministerial. Confesso que não entendia o significado, apenas achava bonito por
fora. Quando fui apresentado Cooperador de Jovens há 7 anos, ainda não
compreendia o significado do ministério, a missão que existe por trás. Hoje me
sinto confirmado ao ministério pelo amor que sinto em pregar o Evangelho de
Cristo às almas.
Adiel: Desde que recebi a Cristo como meu Salvador e Senhor, imediatamente
senti necessidade de testemunhar de Cristo para outras pessoas. E o fiz. Mas,
foi a vida e experiências vivenciadas por meu pai que começaram a mexer comigo.
Eu viajava com ele evangelizando os ribeirinhos amazonenses. Pouco a pouco fui
tendo oportunidades de aprender mais da Bíblia, e um anseio imenso tomava conta
do meu coração. Cada passagem bíblica no tocando a missões e ao ministério
pastoral me desafiava, mas eu não falava ainda disso pra ninguém. Fui batizado
por meu pai, em dezembro de 1972. Já em 1978, quando eu estava terminando o
ensino médio, os membros da Igreja Batista em Coari - igreja da qual eu era
membro - começaram a me chamar de "pastorzinho". Vários irmãos me
perguntavam se eu tinha vontade de ser pastor, e eu dizia sempre que isso
dependia de Deus. Aos poucos, a igreja foi percebendo em mim a vocação para o
ministério, até que um dia meu pai me chamou e perguntou se eu sentia esse
desejo em meu coração. Eu respondi que sim. Ele, então, comunicou à Igreja, e a
Igreja, em Assembleia, decidiu me encaminhar para o Seminário, a fim de
preparar-me academicamente.
Carlos: Esse
desejo já existia quando eu tinha por volta de 10 anos e até escrevi para um
seminário luterano pedindo informações, mesmo antes de ter concluído o Segundo
Grau. Sempre pedi que Deus colocasse o Seu desejo no meu coração, e isso foi se
confirmando através do tempo, e em 1987, ingressei no Seminário Batista de Dourados,
MS.
Quais
são os conteúdos, as obras e os objetivos do seu ministério?
HP: Quero apenas ser um tijolo na construção da
Igreja. Nada mais do que isso e nada menos do que isto. Quero pregar o
Evangelho, as Boas Novas de Cristo a todos.
Adiel: (1) Adoração - Este é objetivo
primeiro, porque glorificar a Deus deve ser a prioridade máxima de todo cristão
e de toda igreja.
(2) Evangelismo e Missões - Isto está bem firme em meu coração.
(3) Discipulado - Uma grande necessidade na igreja atual é a integração
dos novos crentes e o discipulado contínuo e reprodutor.
(4) Treinamento de Líderes - Embora eu entenda que isto está inserido,
de certa forma, no discipulado, creio que há necessidade de separar aqueles que
demonstram possuírem dons de liderança nas mais diversas áreas do ministério
para que eles se aperfeiçoem e edifiquem a igreja local onde se inserem.
(5) Ação Social - Uma necessidade constante em qualquer lugar e
situação, e uma ferramenta por demais importante de atrair pessoas para Cristo,
além de ser a principal maneira de demonstrar amor.
(6) Comunhão - Não é possível dizer que amamos os perdidos se não houver
amor em nós. A Igreja precisa manter desenvolver a comunhão entre os seus
membros.
Carlos: Já
elaborei dois livros: Evangélicos em Campo Grande - Origens e Desenvolvimento
(1999) e Urbieta e Sherwood - Pioneiros na obra de evangelização em terras
mato-grossenses (2011). Faço o Jornal "O Cidadão Evangélico" há 15
anos. Escrevo para jornais seculares e evangélicos. Alimento, precariamente, um
site - www.msevangelico.com.br - e tenho um blog - www.carlostrapp.com Os
objetivos são fazer com que o povo cristão seja mais politizado, mais
participativo nas questões públicas. Também me preocupo com a sã doutrina.
Em
sua opinião, quais são as qualidades indispensáveis de um ministro do evangelho
de Cristo?
HP: Os frutos do Espírito citados em Gálatas
5:22 são essenciais para todos os cristãos, não apenas os ministros e pastores.
Mas lembremos, são frutos do ESPÍRITO, operados pelo Espírito Santo em nós,
pois de nós mesmos não conseguimos alcançá-los: amor, alegria, paz, paciência,
amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.
Adiel: As qualidades devem ser essencialmente
as traçadas por Paulo a Timóteo (I Tm. 3.1-7) e a Tito (Tt. 1.6-9). Um resumo
do que creio serem características de alguém chamado por Deus para o ministério
é este:
(1) Ter o reconhecimento da Igreja local;
(2) Ter uma vida irrepreensível - Sua vida deve condizer com sua
mensagem.
(3) Possuir os dons ministeriais explicitados na Bíblia Sagrada;
(4) Ter vontade de servir, a aspiração ministerial.
Carlos: Deve
ser convertido, preparado e, obviamente, se enquadrar em 1Tm 3.1-7 e Tt 3.1-5.
Quais
são as prioridades para o seu ministério? Na sua vida pessoal, existe alguma
prioridade pertinente ao ministério que você exerce?
HP: Minha prioridade no ministério é servir aos
meus irmãos em Cristo. Ajudá-los a compreender a mensagem do Evangelho, o amor
de Cristo para conosco.
Adiel: Sim, Missões e
Evangelismo.
Carlos: Bem,
eu não estou à frente da uma igreja; apenas sou membro. Eu faço um jornal há 15
anos, onde destaco a cidadania. Quero partir para a gravação de vídeos, e estou
buscando recursos para aquisição de uma pequena filmadora. Também preciso fazer
uma cirurgia de catarata. Eu e a esposa não temos filhos, e estamos pensando em
adotar uma criança.
Quais
os perigos e obstáculos que surgem em seu caminho, na vida ministerial?
HP: O maior perigo sou eu achar que posso algo
sozinho. Preciso de Cristo em tudo. Nele eu posso todas as coisas, inclusive
falar Dele. Sobre obstáculo, creio que são vários e vão desde trabalho material
até pressão institucional da denominação que frequento. Mas creio que tudo está
no controle de Deus.
Adiel: Há perigos e obstáculos constantes e
recorrentes. Entre os perigos, posso citar a sedução da fama, da mulher e do
dinheiro. São perigos que estão sempre à nossa volta, e tenho sido tentado
muito nestas três áreas. Mas Deus tem me dado forças para vencê-los. Os
obstáculos são parceiros dos perigos, pois sempre nos faltam recursos
financeiros, não tenho a fama suficiente para influenciar a denominação e a
esposa não tem acompanhado a contento, impossibilitando maior sucesso no
ministério.
Carlos: São faltas de recursos, e falta de apoio.
Qual
a sua opinião sobre o sustento ministerial, você acha que tal prática é
respaldada pelas Escrituras Sagradas? Você recebe algum salário da igreja que
você preside, ou algum tipo de ajuda de custo?
HP: Não vejo nenhum problema ao ministro receber
salário e penso que sim, há respaldo bíblico a respeito nas cartas Paulinas,
por exemplo. Todavia ressalto que o salário deveria ser apenas consequência,
para sustento básico. Percebo que em muitas denominações esta situação se
inverte, o salário acaba sendo o alvo, corrompendo totalmente os ministros.
Não,
eu não recebo salário algum na denominação que frequento. Ajudo financeiramente
nas coletas, tal qual os demais membros são ensinados.
Adiel: No momento não estou exercendo o ministério
pastoral, e não recebo nada da Igreja a que sirvo. Creio que o pastor deve ser
sustentado pela Igreja, de preferência integralmente. Há base bíblica para
isto: "Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam
do evangelho". (I Co. 9.14).
Carlos: Como
já disse, não estou à frente de uma igreja. Meu sustento vem de diversas
fontes: Jornal, eu e minha esposa também somos fotógrafos, e também sou
jornalista. O sustento ministerial tem respaldo bíblico.
A liderança
de sua igreja é qualificada biblicamente para exercer as funções ministeriais?
HP: Não. Infelizmente não.
Adiel: Creio que a minha Igreja está
qualificada biblicamente em torno de 80%.
Carlos: Sim.
Qual
a sua opinião sobre o preparo de sermões e o estudo sistemático das Escrituras
Sagradas? A igreja o qual você preside como ministro oferece algum tipo de
preparação, como estudos seminários etc.? Se não, por quê?
HP: Em II Timóteo 3:15-17 nos é mostrado a
necessidade de conhecermos as Escrituras e termos habilidade nela. Não vejo
problemas em sermões serem preparados, todavia penso que devemos sempre atentar
para duas coisas:
A
interpretação bíblica deve ser sempre feita a partir de Jesus e dos seus
ensinamentos (Atos 8:35), e
Devemos
dar honra ao Espírito Santo (I Tessalonicenses 5:19), orando, clamando,
buscando de Deus aquilo que deve ser exposto aos demais irmãos.
Na
denominação que frequento infelizmente não há nenhuma preparação ou seminários,
por razão de ser uma tradição assim recebida. Esta prática gera malefícios e
benefícios. Eu particularmente acho que mais malefícios que benefícios.
Adiel: A Igreja deve preparar, nesta área,
seus membros que demonstram dons de ensino e pregação. Minha Igreja tem feito
isso, mas ainda com deficiência. Eu não sou o pastor titular da Igreja e não
sei dizer com certeza por quais motivos a Igreja não o faz. Creio que há
interesses, mas tem havido dificuldades que, de certa forma, impedem que todas
as áreas da vida da igreja sejam desenvolvidas a contento.
Carlos: Os
sermões devem ser preparados e se deve ter, no mínimo, um esboço dos mesmos,
mas principalmente se deve viver o cristianismo, pois a Bíblia diz que quem
segue Jesus não anda nas trevas, ou seja, tem sua mente iluminada pelo Espírito
Santo. Os batistas têm diversos seminários teológicos espalhados pelo Brasil.
Vou
recitar dez palavrinhas, e gostaria que você completasse com uma palavra ou
frase que vier de imediato em sua cabeça, ok?
a) Família:
HP: É a maior riqueza terrena.
Adiel: Essencial.
Carlos:
Muito
importante.
b) Ministério:
HP: É uma dádiva, como também um aborrecimento.
É uma luta sem fim, aonde há momentos bons e ruins a serem enfrentados por quem
decide fazer parte do ministério.
Adiel: Vocação.
Carlos:
Um privilégio.
c) Bíblia Sagrada:
HP: É a Palavra de Deus para o homem.
Adiel: Base.
Carlos: Uma bússola.
d) Igreja:
HP: É o corpo de Cristo, formado por todos
aqueles que Nele crêem para salvação de suas almas.
Adiel: Serviço.
Carlos: Família expandida.
e) Dons Espirituais:
HP: São frutos do Espírito Santo para ajudar na
caminhada terrena.
Adiel: Edificação.
Carlos: Ferramentas para o trabalho cristão.
f) Pecadores:
HP: Todos nós somos.
Adiel: Carência.
Carlos: Precisam de arrependimento.
g) Batismo:
HP: O momento que publicamente anunciamos que
nossa salvação depende exclusivamente de Cristo.
Adiel: Testemunho.
Carlos: Imersão, sendo testemunho do salvo.
h) Salvação:
HP: Desde
o momento que Cristo nos remiu dos pecados,
Salvos fomos, Salvos somos e Salvos seremos!!!
Adiel: Graça.
Carlos: Graça imerecida.
i) Céu:
HP: Final da tribulação humana, do poder do
pecado original sobre nós. Gozo e regozijo eterno com Deus.
Adiel: Alvo.
Carlos: Eterno gozo com o Senhor.
j) Jesus Cristo:
HP: Ah… o maior dos homens. O verdadeiro e único
herói. Nunca terei como agradecê-Lo por tanta misericórdia e amor.
Adiel: Senhor.
Carlos: Meio pelo qual se chega ao céu; nosso
Salvador.
Considerações
Finais
A vida de um verdadeiro
ministro do evangelho é muito diferente – obviamente – de quem não exerce um
cargo ministerial. Isso se deve pelas responsabilidades, e com os compromissos
com a obra de Deus, no selo do seu dom e chamado. Tais características foram nitidamente
perceptíveis, nas respostas dadas pelos nobres irmãos entrevistados: cooperador
HP, pastor Adiel e pastor Carlos Trapp.
Entretanto, suas vidas seculares não diferem muito dos
que não exercem um cargo ministerial. Todos - indefinidamente - têm suas dificuldades,
lutas e provações, que são as marcas de um verdadeiro discípulo Daquele que
prometeu dizendo que no mundo teríamos muitas aflições (Jo 16.33b), pois não foram
riquezas ou a fama que regeram suas vocações, motivações e aspirações para o
exercício ministerial. Cada um com o seu diferencial, com o seu dom, buscando
edificar o corpo de Cristo, a Igreja.
Enfatizamos com muito pesar, que é muito comum na Igreja,
e também no meio secular, criar conjecturas e ideias pré-concebidas - pejorativamente
muitas vezes - a respeito da vida pessoal, e, principalmente financeira; muitas
delas inconsistentes com a verdade e com a realidade destes queridos irmãos,
que foram verdadeiramente vocacionados por Cristo para serem o anjo da Igreja.
Todavia, reconheço que tais ideias e conjecturas, são
ocasionadas muitas vezes, por este “evangelho” maltrapilho, antropocêntrico e
humanista que é divulgado e comercializado, apenas com o objetivo de massagear
o ego das pessoas. Infelizmente há uma indevida projeção generalizante do
caráter e da conduta destes pregadores, que mais se parecem com animadores de
auditório, trazendo assim, grandes prejuízos ao santo evangelho.
Contudo, este trabalho propôs – ainda que parcialmente –
desmistificar estas conclusões inconiventes, que não estão respaldadas pela
realidade que é firmada com a verdade, pois demonstrado foi, pela vida e
história destes irmãos que cederam seus depoimentos, exemplos de boa conduta
ministerial e secular, exalando o cheiro do bom testemunho, que contagia e
influência positivamente toda a comunidade – assim como aconteceu com o autor
deste trabalho.
Façamos então um clamor, para que haja mais servos de
Deus no ministério com os mesmos ideais dos nossos amados irmãos entrevistados,
para que se tenha um avivamento Bíblico no seio das Igrejas, e principalmente nas
lideranças, conscientizando-os da necessidade de uma adequada preparação Bíblica
Teológica, para um eficiente exercício das funções ministeriais; prevalecendo a
primazia do evangelho puro e cristalino, conforme nos foi outorgado pelo Senhor
Jesus Cristo. Entretanto, esta perspectiva deve consistir - principalmente -, na
crença das fiéis promessas de nosso Senhor que nos prometeu que as portas do
inferno jamais prevaleceriam contra a Igreja (Mt 16.18).
Portanto, a palavra de Deus
permanece firme para sempre, pela esperança daqueles que ainda não nasceram,
para que encontrem uma igreja melhor.