Por Regina Farias
A GRAÇA nos dá o que
não merecemos.
E a MISERICÓRDIA não
nos dá o que merecemos.
Vejam que coisa
maravilhosa que só um PAI amoroso é capaz de realizar em nossas vidas!
As obras, por sua
vez, são CONSEQUÊNCIA NATURAL do Espírito que habita na pessoa. Nada tendo a
ver com um tipo de negociata velada que alguns religiosos fazem com Deus.
Assim, eu pergunto: qual a diferença desta para a barganha pregada em outras
igrejas e que conhecemos por ‘teologia da prosperidade’? Ora, não somos
ingênuos (tolos) para não sabermos que só mudam os termos e o tipo de
negociação. Naquelas, se prega uma escancarada bênção material se seguirmos
alguns passos. Mas, convenhamos, a negociação paganista é a mesma em outras que
repudiam essa ‘teologia’.
Senão, vejamos:
Se eu conseguir tal
coisa eu vou cumprir tal voto.
Se eu agir assim, já
tenho garantido pra mim um lugar celestial.
Se eu cumprir todas
as regras supostamente divinas estará anotado no livro (?) que vai me garantir
seguranças eternas.
E por aí vai...
Esse ‘eu, eu, eu’
denuncia não apenas um esforço próprio pra se conseguir o céu, como ainda um
tipo de barganha sutil com fortes doses de emocionalismos e manipulação com o
divino. E apenas quem está totalmente fascinado pelo doutrinamento não consegue
enxergar algo tão nítido.
Vemos dizerem
‘estamos na Graça’, mas na prática da 'vida cristã', o que vemos é pura
hipocrisia: aceita-se a Graça, colocam-se acréscimos e escravizam as mentes
colocando jugos pesados impossíveis de suportar.
Ora, se estamos na
graça, deveríamos ser diferentes, ou seja, deveríamos ser, naturalmente,
exemplo de amor, compreensão e respeito para com 'os que estão de fora' e que
ainda não receberam a graça na Pessoa de Jesus Cristo como Salvador.
Cristo não morreu por
quem está dentro de determinada denominação e sim, por toda a humanidade. E
todos que se achegam a Cristo de modo algum voltarão vazios.
Graça significa favor
imerecido.
Ninguém merecia o
favor do Senhor!
Não havia um justo
sequer!
Todos pecaram e destituídos
estavam da Glória de Deus!
Fomos justificados
pela fé em Cristo, não por nossos méritos ou por nossas boas ações.
Caramba, e o
religioso não entende isso?! Será mesmo que a mente está assim tão cauterizada
pela determinação doutrinária?
Pessoas que dizem
‘estar na graça’, não respeitam o seu semelhante, esnobam, agridem, quando não
silenciam em seu prazer mórbido, ou dizendo em voz baixa uns aos outros:
‘deixem-na! Ela não entende porque isso não é pra ela, nós é que somos os
queridinhos do Pai, deixa ela arder no inferno’.
Ostentando uma fé que
beira o fanatismo, massacram ‘os outros’, com arrogância, orgulho e
exclusivismo.
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